Entre a indiferença e a falta de sentido.A paranóia, ou o excesso dela.Entre a afasia e a falastrice, a urgência de falar sem parar mesmo sem fazer sentido.Mais do que o físico, mais que o espiritual.Entre o ritmo e a harmonia.
... olha aqui companheiro,você quer ser como eu? Saque um seis tiros, roube todo banco que puder encontrar. Diga ao juiz que eu disse que estava tudo bem.Sim!
O poeta é um fingidor.Finge tão completamente, que chega a fingir que é dor.A dor que deveras sente.
E os que lêem o que escreve, na dor lida sentem bem.Não as duas que ele teve, mas só a que eles não têm.
E assim nas calhas de roda, gira, a entreter a razão.Esse comboio de corda que se chama coração. (F.Pessoa)