segunda-feira, 30 de maio de 2011

Um pinta à frente do seu tempo.

Eu sou um cara moderno.Não durmo de touca.
Batuta à beça.Toda a patota manja.
Só ando na beca, meu chapa!
Na época de guri era trakinas, não me grilava com bulhufas.
No tempo de broto, era um verdadeiro pão.
Um pé de valsa.Fred Astaire era fichinha.
Tinha um carango bacana, supimpa.Uma belezura.Pode crer.
Não me misturava com a cambada.Amigo da onça comigo não tinha lero-lero.
Eu dizia :" -Chispa daqui! "
Apesar de estourar a boca do balão, nunca tive tutu.
Ando matando cachorro a grito, e hoje em dia, arrumar um batente é parada dura.
Se não tiver ginasial, pode botar as barbas de molho.
Mas agora resolvi mandar brasa.
Cansei de ser pangaré.
Vou botar pra quebrar, bicho.
Vou montar uma consultoria xuxu beleza.
(Para abrir minha consultoria,vou ter que vender meu Atari e 3 cartuchos.
Mas do River Raid eu não me desfaço.Nem que a vaca tussa!)
Se souber de alguma coisa, me bipa ou manda um telegrama.

(Hidelbrando Ignácio Theodóro de Mascarenhas Prado Valenthin ou Téo da Noca)

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Suspiro

Quero que lembrem que vivi.
Vivi de situações inusitadas.
Vivi vidas dobradas,erradas,
mal dormidas e mal acordadas.
Digam que vivi pensando no melhor.
Que o medo e o acaso
nunca fizeram o frio ser maior.
Quero que lembrem
dos dias que o meu sorriso brilhava
e das noites cheio de mágoas,
onde o respeito se perdia
e o costumes se arrependiam.
Vivi na vida boemia.
Escrevendo cada noite fria,
e o calor de rachar o coração.
Escrevi coisas que nunca cumpri,
rezei orações que nunca acreditei
pensei histórias e nunca contei,
mas ainda assim, amei o amor que sonhei.

O mesmo cobertor que aquecia
a pele branca e macia,
cabelos loiros, a voz que gemia,
a boca suculenta que nunca se sacia.
Agora só serve do passado,
do futuro imenso,de uma vida vazia.
Perdido em cada palavra perdida
deixo a minha despedida.
Um adeus que a distância duvida,
e pra quem brinca com a vida,
não entende a tristeza da situação.

Suplico que releiam as histórias que contei
e que em cada palavra ou em cada verso que cantei
uma nova canção reinará.
Que das risadas, eu submergi.
E em cada choro, eu sorri.
Mas peço encarecidamente
que em cada amor descontente, lembrem:
Eu vivi e morri pensando no amor que finalmente nunca esqueci.