Quero que lembrem que vivi.
Vivi de situações inusitadas.
Vivi vidas dobradas,erradas,
mal dormidas e mal acordadas.
Digam que vivi pensando no melhor.
Que o medo e o acaso
nunca fizeram o frio ser maior.
Quero que lembrem
dos dias que o meu sorriso brilhava
e das noites cheio de mágoas,
onde o respeito se perdia
e o costumes se arrependiam.
Vivi na vida boemia.
Escrevendo cada noite fria,
e o calor de rachar o coração.
Escrevi coisas que nunca cumpri,
rezei orações que nunca acreditei
pensei histórias e nunca contei,
mas ainda assim, amei o amor que sonhei.
O mesmo cobertor que aquecia
a pele branca e macia,
cabelos loiros, a voz que gemia,
a boca suculenta que nunca se sacia.
Agora só serve do passado,
do futuro imenso,de uma vida vazia.
Perdido em cada palavra perdida
deixo a minha despedida.
Um adeus que a distância duvida,
e pra quem brinca com a vida,
não entende a tristeza da situação.
Suplico que releiam as histórias que contei
e que em cada palavra ou em cada verso que cantei
uma nova canção reinará.
Que das risadas, eu submergi.
E em cada choro, eu sorri.
Mas peço encarecidamente
que em cada amor descontente, lembrem:
Eu vivi e morri pensando no amor que finalmente nunca esqueci.
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