sábado, 15 de maio de 2010

Chega a hora de dizer chega


Um cara, um homem médio. Um guri de poucas rimas, muitas gírias e lances legais.
No preto ou branco;
Porto Alegre e seus carnavais.
Detido ao ar livre.
Amores e seus totais.
No dia, viver é tudo. Nas noites irreais, tudo é mais.
Independente do relógio, passeio pelas ruas, seguindo em frente, parando, dificilmente ando pra trás.
Às vezes paro pra ler. Sento, respiro, desconheço. To sempre andando pr'os demais.
Com as cores vivas acabo desconhecido. No desfoque da foto me encontro em paz.

Sempre ando com anjos. Pago pelas almas e não ganho recibo.

Trilhando às vezes o caminho curva e se desfaz. Movimento, incêndio, o cinza da chuva.

Focando sem finais.Ligando ou vibrando. Sangue frioPorto Alegre entre os Natais.(Romances reais).Na beleza sempre chego tarde, satisfeito, insuficiente.Não existe diferença pra quem não se liga em colunas sociaisAguardo a noite e as vidas que ela trouxer, todas rotas, esperando surpresas iguais.
Trancado na grande casa escura. A sujeira, o pop, algumas dúzias de Alices se entrosando em bacanais (dores em Stand-by)
Em breve chega o dia.Ao alvorecer, o canto dos pássaros.
A luz desmascara os animais.
Histórias, filosofias, afinidades desafinadas encontrando finais.
Queimando, bebendo vícios. “Amores florais”, " - Um filtro amarelo para os Cardeais!"
Corações abertos, olhos fechados, as mãos tocando os sinais.

Palavras escondidas,estampada em sorrisos mais do que banais.
Amar a farsa sempre nos interessa mais
DVD’s na esquina é o barato que nos atrai
Certo, errado, não se distingue quando as moedas caem.

No fim do papel resta lápis, grafite e chumbo me confundem a cada estação.

Outrora escrevia contos com mil finais.
Agora, o início vem do fim, e o meio se mistura no refrão
Se no papiro está, não se destaca como os habituais.
É como o final de uma canção que acaba cedo, mas não acaba jamais.

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