sábado, 29 de maio de 2010

Na vitória dos mais fortes




Quando me vi queimando uma cadeira vazia
analizando se o risco valia ou era só solidão.
O vacuo incêndio mas não aqueceu o quarto
e a chuva apagou quando o fogo chegou ao chão.
A fumaça preencheu o espaço antecipando um desabafo.
Inédito.Riscando o nulo, desenhando o branco
descartando o digital.Tudo ao natural.
Todas as cores em meio ao branco e preto,fugindo da distinção
Vermelho e azul gritando no dia anterior.
Vibrando e tremendo destacando o superior.
Aonde vai se não tem onde chegar?
De onde veio se não soube como ganhar?
Se for vitória por medo, se for medo de vencer.

É sempre vergonhoso viver em meio o medo de perder.
O relógio já não tem mais cor.Eram duplas.
Um veneno que ele mesmo revelou.
O chumbo, cinza, leve e não seduz.

Te priva, te cancela, "deixa que a vida me conduz".
Não é letra e nem te lembra uma canção.
O som linear das cordas do meu violão.

Cheio de silêncio.Cansado de correr.
Aquele estado enebriado que a muito tempo não vem me ver.
A mão volta a tremer, exausta de não saber.
Corri, cheguei, penso "que nada sei" e recomeço a escrever.

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